segunda-feira, 24 de julho de 2006

Abuso


Estava terminando minha noite de segunda-feira, curtindo assistir TV com a família juntinha. Em um dado intervalo, sou atraída pela Veja em cima da cama dos meus pais e caio na tentação de dar uma folheada, de trás para frente, como sempre. Dei de cara com a matéria "Abuso Sexual", fui mais para frente, no meu caso, atrás e lá estavam as famílias reunidas vendo TV, também. falava sobre a censura na TV. Até aí, tudo muito habitual até a legenda da foto lançar-se sobre meu olhar, imensamente crítico sobre esse tema. Lá tinham pais indignados com as cenas de sexo e de violência que a Globo e outras emissoras exibiram e que aquilo era inadmíssivel por conta das crianças.
A minha lente de aumento alçou vôos para além do tema proposto, mas sim, para a falas das mães, e uma delas dizia : "... não podemos expor as crianças a tudo e achar normal. Atrás do que parece caretice há valores importantes."
Até me arrepio só de pensar que vou falar sobre isso, motivo, esse é meu tema de conclusão de especialização.
Eu li, cuidadosamente, sobre esse tema tão delicado tentando entender esses pais, mas preciso falar, até por tudo o que concluí. Não se pode esperar, que as crianças não transformem-se em senhores de seus pais, se na hora de tomar decisões simples como: decidir o horário de dormir ou que programas assitir( porque pasmem, isso ainda é tarefa educacional dos pais) espera-se que os programas sejam tirados do ar porque "ninguém" assume a decisão do "não pode". Ou seja, se está passando um programa, à noite, e "ninguém" pode dizer que "não pode", aí a culpa torna-se de outra pessoa que não dos pais, mas da censura, do autor ou sei lá de quem. Eu, infelizmente, preciso esclarecer que, ainda hoje, a responsabilidade pela educação fundamental e primeira dos filhos é, insubstituivelmente, dos pais. E deles será cobrado!
Acho que é uma tarefa delicada, difícil mesmo, impor limites numa sociedade como a nossa, as crinças não fazem idéia das regras sociais, se ninguém lhes explicar, impor(porque é necessário, muitas vezes, impor) ou explicar o que pode e o que não pode, até pela própria sobrevivência social daquele infante, ela irá comportar-se como achar que pode e consegue. Quantas vezes as crianças comandam a vida familiar, e tornam-se numa linguagem de Tânia Zagury(leiam) tiranas?
Não entro no mérito da questão da censura, se pode, se está errado...confinei-me a entender, aqui, as falas dos pais, tão somente.
Infelizmente, para os pais que pensam que a sensura deve mandar seus filhos para cama..., digo que, os filhos ainda esperam um comando de seus pais para que isso aconteça, porque a televisão ainda não conversa com eles. Ainda!

Foto-filme: Vidas Paralelas

3 comentários:

Anônimo disse...

ótimo ser eu a primeira a comentar... concordo com vc em gênero, número e grau. há que impor limites. há que assumir o papel a que se propôs. há que comandar a dança. eu quero ter filhos,sabe. mas quero saber agir assim... como vc orientou, como eu acredito ser o certo. um beijo, linda!

Anônimo disse...

é isso aí, dani!
concordo mesmo... mas vejo exemplos demais de pais que não sabem como educar... e como vejo.
um super-mega-beijo, sua bixa réa que eu adoro demais!

Anônimo disse...

EXATAMENTE!
Lembrei de uma matéria que vi na tv sobre uma decisão judicial que permitia que filhos menores de idade acompanhados dos pais pudessem ir ao cinema ver conteúdos de classificação proibidas pra eles. As opiniões divergiam. A justificativa do juiz pra tal decisão é de que os pais é que estão aptos a tomar esse tipo de decisão. A quem, senão a eles, interessaria isso? Quem seria mais responsáveis pelas informações que chegam até os filhos? Gostei, viu? beijos!!!