terça-feira, 27 de maio de 2008


Foto-filme: Loucos por Ela!


Fiz uma viagenzinha, uma locomoção nada superficial, ao contrário, carregada de intenso turismo interiorano, indo as origens e lugares onde nunca havia estado, até então.

# Olhei pra traz, pela primeira vez. E quando me proponho, eu fico de frente, rente, na rinha para sentir tudinho que é necessário, inevitável, o que depois (mas só depois) vai me fazer uma pessoa tão melhor e mais contrita. Consigo até ver beleza nisso, mesmo agora, vejo a importância de passar por esse remexer de composições prontas, de “ e se” .Não consigo ser covarde, nem nisso. “Sou mais macho que muito homem

# Desaguei - como as cachoeiras geladas que nem percorri nesta viagem, salguei a pele e o travesseiro de uma sensação de “e agora José?” , de catarse pura, da minha pequinês, de me ver de onde nunca me permiti, do fundo!

# Caminhei pela primeira vez, na entrega – pronunciei, disse, pelo menos a mim e aos meus, o que é que tem mesmo, de verdade, na minha mala de viagem. Etiquetei, listei, gritei (Morro do Gritador), apontei QUERO É ISSO e ainda vou ver se posso percorrer essa trilha. Mas a proposta foi lançada.
Assumir o que se quer é tão difícil, quando esse caminho é lascivo, distante e pior, ocupado. E só pude perceber que o caminho que já havia abandonado, está florido os mandacarus, era só colher! A outra paisagem, a mais antiga, esta, veio dizer-me que sou passível, de carne e osso, só que, agora, quero roer outro osso!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

REcordar. REpetir. ELaborar

Foto: www.fotolog.com/bleu

Ao longo de nossas passadas, por vezes, nos pegamos a estar revivendo escolhas, repetindo falas. No instante, tentamos nos enganar e acreditar que não, que ali tem um "q" de diferente, "é com outra pessoa", "outra cidade", e vamos criando pensamentos automático que nos confortam quanto a situações alerta. Estas situações, são, na verdade, repetições de nossa personalidade intrínseco. Num dado momento, da vida, aquela escolha, ou comportamento se fixou e não foi superado. Rebobinamos a mesma fita até amassa-las na evitação do sofrer. Proteção? Também, mas, evitar a dor de reconhecer-se errante traz a elaboração e a nova escolha. O novo é amedrontador, a não ser que seja "de leve", que não mexa com muitos conteúdos, muitos horários ou, especialmente, com afetos. Que não desloque muita energia, ao ponto de nos deixarem aqueles dias sem "eira nem beira". Ah, se conseguíssemos, conscientemente, entender a pertinência da dor, como buscaríamos nos encontrar com ela mais vezes!

Bom Feriado!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Foto-filme: Escuridão

"Ao redor da vida do homem

há certas caixas de vidro,

dentro das quais, como em jaula,

se ouve palpitar um bicho."


João Cabral de Melo Neto


Estes barulhos que produzimos, ao longo de uma vida inteira... Nesta massa de sons, conseguimos pinçar nossa cadência íntima, nossa própria rima, sons que até no silencio, briga por nossa alma barulheira.




domingo, 11 de maio de 2008

Te amo, mãe!

Foto-filme: Minha Mãe Quer que Eu Case


Dia das mães é um dia mesmo peculiar. No primeiro estalar do sol começam a chegar as primeiras mensagens e telefonemas, especialmente de quem mora bem longe. Cumprimentos repletos de elogios e um jeito tão gostoso de se tratarem:”Parabéns maezona, você sabe que pra mim você é uma mãe, aliás você é ...” Deveria ser assim todos os dias, mas para elas o mais importante é se comportarem, serem , de fato, super mães durante todo o tempo e neste dia, é só sair pro abraço!
Isto representa bem a educação da nossa família: comportamento em vez de falação!
FELIZ DIA DAS MÃES A TODAS As MÃES BLOGGUEIRAS SINTAM-SE ACARINHADAS E CURTAM SEU DIA!
Bj de uma filha!
=**

sábado, 3 de maio de 2008


Foto: www.fotolog.com/blue

“Linn parecia tão habituada a mover-se pelo encarnado do coração e agora, experimentando a escassez de um bom motivo em vermelho, precisava de uma nova coloração para estimar seus passos.
Ela olhava pro alto de seu quarto, fechada em copas tão rubras e lastimava o não-amor. Não um agente, mas um afeto. O coração tranqüilo lhe sussurrou: “Agora não”. Não era opção de não amar, nem de perder coisa alguma, simplesmente não havia ou existia, era ausência! Não havia ninguém por quem o coração inflamar. E este alívio, de certa forma trazia a Linn, uma desorientação estrangeira. Tão inapropriado quanto seu novo olhar. Era olhar de novos rumos, mas ainda não era momento de raciocinar. Era preciso ligar alguns pontos e perceber que a vida existe em muitas outras cores.”